Belíssimo Trabalho Realizado Pela APAE de Rio das Antas Na Semana Nacional da Pessoa com Deficiência

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE de Rio das Antas), na Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltilpla, comemorada de  21 a 28 de agosto e que teve como tema "Autogestão e Autodefensores: Conquistando caminhos para ser e conviver", celebrou a vida com qualidade e mostrou como é possível conviver e ter uma vida inclusiva mesmo com qualquer deficiência.  

Nos dias 25 e 26 de agosto a Escola Especial Meu Recanto, abriu as portas para receber a comunidade escolar, da rede regular de ensino, apresentando uma peça teatral intitulada "As três perguntas do Rei" e no dia 27 ofereceu um café para as autoridades municipais e colaboradores, para os quais também foi apresentada a peça teatral.

A Administração Municipal  parabenizou aos professores pelo trabalho e pelo resultado apresentado através do acompanhamento e desenvolvimento das capacidades dos alunos e em especial parabenizou a cada um dos alunos pelo esforço e por demonstrarem a vontade de ultrapassarem novas barreiras a cada dia, destacando o quanto é emocionante ver um trabalho tão sério dar frutos concretos fazendo com que por muitas vezes as dificuldades não sejam percebidas e mostrando que independente das deficiências, é possível sim, ter uma vida inclusiva e com qualidade.

Também o presidente da associação Adriano Slongo, expressou seus votos de satisfação por fazer parte de um grupo tão importante e que faz os grandes problemas parecerem pequenos.

A seguir, o texto de autoria da diretora da Escola Especial Meu Recanto, Margot Von Hede, fala a respeito do trabalho que é realizado com os portadores de deficiências, e a visão que as pessoas resistem em ter sendo necessário modificá-la:

A oportuna semana foi de comemoração pelas conquistas já alcançadas e a reflexão sobre que barreiras ainda precisam ser rompidas. E aqui, não nos refirimos apenas às barreiras arquitetônicas, de acessibilidade, que são sim muito importantes, mas não são elas sozinhas que promovem o acesso e garantem a permanência das pessoas com deficiência na sociedade historicamente planejada para as pessoas "ditas normais".

Gostaríamos de chamar a atenção às barreiras que nós, seres humanos, estabelecemos diante de nossos irmãos com deficiência. Por medo do desconhecido e do diferente, paralisamos. Preferimos acreditar e apostar na igualdade ditada pela mídia e passamos a acreditar que somente se enquadram na sociedade as pessoas que apresentam padrões pré-estabelecidos de beleza, de habilidades, de inteligência.

Qual tem sido nosso real envolvimento na busca da superação de estereótipos, dos preconceitos e da discriminação e na valorização e qualificação do ser humano?

Este é um momento oportuno para buscarmos dentro de nós os "pré-conceitos" que nos acompanham e que muitas vezes nem nos damos conta.

O Momento para refletir sobre a postura que temos diante das pessoas com deficiência.

É tempo de vencer conceitos negativos, historicamente instituídos. É preciso "des-preconceituar."

As pessoas com deficiência não podem mais ser vistas como sinônimo de incapacidade e isso requer de nós mudança cultural de postura frente à diversidade e mudanças na concepção da deficiência.Precisamos conceber uma sociedade inclusiva, onde cada ser humano tenha seu espaço garantido. Uma sociedade aberta e acessível, a qual estimule a participação, que acolha e aprecie a diversidade e suas experiências e que ofereça oportunidades para que todos possam desenvolver seu potencial humano.

Roberto Shinyashiki escreve que "A primeira transformação necessária para que ocorra a felicidade é passar a acreditar na possibilidade de um mundo onde todos possam se realizar".

Então, cabe a cada um de nós darmos o primeiro passo, rumo à construção de uma sociedade capaz de aceitar, conviver e promover o crescimento mútuo. Uma sociedade que respeita a diversidade e onde todos são iguais em dignidade e direito.