Pó de Pedra Basáltica (Pedra-Ferro) É Apresentada Como Vantajosa Solução na Agricultura
Técnicos da Secretaria Municipal de Agricultura de Rio das Antas, profissionais que trabalham paralelamente com a Secretaria, agricultores do Município e da região e outros profissionais da área estiveram reunidos na Câmara de Vereadores na tarde desta segunda-feira, 20, a fim de conhecer e entender o uso do pó de pedra basáltica na lavoura. A palestra foi ministrada pelo Professor Bernardo Knapik, formado em biologia e que desenvolve o projeto desde 1986, o qual vem apresentando resultados muito vantajosos. O pó de basalto é feito da pedra-ferro, abundante em nossa região, apenas moendo a pedra. Aplicado em diversas lavouras, como milho, soja, morango, pastagens para gado de corte e leiteiro e muitas outras, se mostrou melhor na correção, na fertilização, e um impacto muito menor que outros produtos usados em larga escala.
Na oportunidade, foram explicadas as propriedades, o processo de produção do pó, a lógica de aproveitamento (quanto mais fragmentado o material, maior será a área de contato com o solo acelerando o processo de intemperismo que é a ação física e química do tempo sobre o mineral, e isso é o que libera as propriedades), além da forma de se trabalhar com o pó de basalto que deve ser associado, por exemplo, com a adubação verde ou outra forma de cultivo. Análises químicas apresentadas mostraram uma superioridade quando comparado com outros produtos na remineralização do solo além de um custo/benefício melhor para o agricultor, pois além de ser usado para corrigir o solo, é também um fertilizante e tem propriedades que fortalecem a planta protegendo contra diversas pragas, ou seja, como já observado em algumas culturas, se não elimina, mas pelo menos reduz muito o uso de agrotóxicos desde que usada de maneira e nas espécies corretas.
Rico em silício, o que explica essa propriedade resistente, o produto também apresenta quantidades interessantes de outros minerais como o ferro e o potássio também muito usados na agricultura através de outros produtos que se tornam muito caros por diversas vezes, além de apresentarem resultados por um curto espaço de tempo. O pó de basalto tem uma ação no local onde é aplicado de 4 anos devido ao processo de dissolução, causado pela ação da água, do gás carbônico e outras ações físico-químicos serem mais lentos.
Knapik esclareceu que o uso do pó de pedra basáltica deve ser feito corretamente e associado à outra forma de manejo para que apresente resultados. "De nada adianta aplicá-lo em uma terra limpa, descoberta, pois o pó de basalto trabalha na atividade biológica do solo", explica. Segundo dados, o Brasil em 2008 foi o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, mais uma razão para buscar novas alternativas. A quantidade do pó utilizada por alqueire é de aproximadamente 2,5 toneladas, no tratamento inicial do solo, mais metade desta quantia juntamente com o plantio, persistindo por 4 anos. O interessante, diz Knapik, é que o Município se torne futuramente auto-suficiente na produção do pó de pedra basáltica que contém muitas vantagens em seu uso. Os interessados em conhecer e usar o pó de basalto devem procurar a Secretaria Municipal de Agricultura de Rio das Antas.