Peça Teatral é Realizada em Rio das Antas
O Grupo Teatro Sim… Por Que Não ?!!! Se apresentou na cidade de Rio das Antas, onde alcançou um grande público, o evento foi realizado na casa dos idosos e contou com a presença do Prefeito Municipal Alcir Bodanese, vice prefeito Ingo Weiss e da Secretária de Educação,Cultura e Esportes Claudete Barcaro Lazaris.
Como na primeira etapa, realizada em outubro do ano passado, a turnê contou com o patrocínio do Funcultural, Secretaria e Turismo, Cultura e Esportes e Governo do Estado de Santa Catarina.
Na primeira etapa o Grupo se apresentou em Águas Mornas, Bom Retiro, Correia Pinto, Descanso e Erval Velho. Nesta segunda etapa, também com o patrocínio do Funcultural, o Grupo visita 19 cidades começando com as letras de F a Z, completando o roteiro previsto no projeto.
O projeto na íntegra, além das cinco já mencionadas, inclui as seguintes cidades: Fraiburgo, Gov. Celso Ramos, Herval d´ Oeste, Irani, Jaborá, Luis Alves, Massaranduba, Navegantes, Orleans, Pedras Grandes, Quilombo, Rio das Antas, Salto Veloso, Turvo, Urussanga, Vitor Meireles, Witmarsum, Xavantina e Zortéa. Todas as apresentações serão com entrada franca.
A ideia de realizar uma turnê mais ampla com a peça surgiu depois do sucesso do Festival Itinerante de Repertório, realizado em 2011 em comemoração aos 25 anos do Grupo, que percorreu 30 cidades catarinenses com três peças do repertório, entre elas A Farsa do Advogado Pathelin. A turnê funcionou como um piloto para confirmar uma ideia que o Grupo acalenta há muito tempo, que é de atingir também cidades pequenas do interior do Estado com o máximo possível de produções teatrais com a mesma qualidade e conteúdo do que é apresentado nas capitais e nos grandes centros.
O Grupo já executou com sucesso mais de 500 apresentações desta peça, que estreou em 1996 e há 16 anos mantém o mesmo elenco, um feito histórico tanto para o teatro catarinense como para o teatro brasileiro. Sem perder a qualidade e a magia do teatro, a peça pode ser apresentada em espaços alternativos permitindo incluir no roteiro cidades que ainda não contam com teatros convencionais.
Ética em discussão
A Farsa do Advogado Pathelin é uma obra do gênero farsa, escrita em torno de 1460 e seu autor é desconhecido. A discussão sobre ética que o texto propõe continua atual nos dias de hoje. É um espetáculo para todas as idades
O espetáculo
Para a montagem da peça A Farsa do Advogado Pathelin, o Grupo fez uma oficina de interpretação farsesca com Neyde Veneziano, doutora em teatro popular. A partir das técnicas de interpretação usadas na época, o diretor Júlio Maurício iniciou os ensaios observando as convenções de teatro popular, sempre objetivando uma comunicação direta com a plateia.
A direção do espetáculo manteve as características da farsa que é sempre uma situação cômica exagerada, principalmente com muitos equívocos e qüiproquós, em detrimento da caracterização dos personagens, linguagem espirituosa ou outro tipo de apelo intelectual. Buscou sempre provocar um riso amplo e direto, sem sutilezas ou meios tons, ressaltando através do andamento veloz e do ritmo vivaz com que se movem os personagens na ação, uma aparência de naturalidade à mais improvável das situações.
Além de buscar técnicas de interpretação usadas na idade média, época de nascimento do gênero FARSA, a figurinista Norma Ribeiro inspirou-se nas vestimentas deste período para criar o figurino, assim como o cenógrafo Wiliiam Pereira inspirou-se nas trupes mambembes medievais para desenvolver a ambientação cênica.
A farsa, dado o acelerado da ação, requer, com frequência, um grande esforço físico, além de utilizar largamente a comicidade visual. Alguns dos recursos narrativos mais comuns são o acaso, a surpresa, a confusão de identidades, os encontros e descobertas acidentais, as coincidências e as revelações súbitas.